Estilista Fause Haten

Filho de um mascate libanês da 25 de Março, tradicional rua de comércio da região central de São Paulo, na adolescência já procurava um meio de sobrevivência para poder viajar.

Hábil com as mãos e com as tesouras, costurou algumas roupas, incorporou a maior cara-de-pau e apresentou os modelos à loja Lês Lis Blanc. Aproveitando o pretexto da ascendência árabe comum com as proprietárias, Traudi Guida e Rahyja Calixto , tendo uma boa recepção e conseguindo que as roupas fossem deixadas em consignação.

Fause empolgou-se e não parou mais. Chegou a cursar algumas faculdades, incluindo um curso técnico de Moda na Universidade Anhembi Morumbi, mas não chegou a se formar. Aprendeu tudo na prática.

Em 1999, quando o Morumbi Fashion já se chamava São Paulo Fashion Week, o desfile de Fause chamou a atenção de um diretor da marca de perfume americana Georgio Beverly Hills, que estava em busca de um estilista desconhecido para lançar nos Estados Unidos, associado a um novo perfume. 

O brasileiro foi o escolhido entre outros 15 candidatos, marcando a entrada no mercado internacional.

Faz moda masculina e feminina definida como chique e extravagante situada em um meio-termo entre a alta costura e o prêt-à-porter. Em 2001, quando ganhou o prêmio Abit Fashion Brasil como o melhor estilista do ano, essa moda luxuosa ficou mais acessível. Em uma parceria com a rede Riachuelo, de roupas populares, foi lançada a marca Haten F., de streetwear jovem. 

Outra faceta do trabalho do estilista é a ourivesaria, que desenvolve em parceria com a joalheria Guilherme Duque.

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